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LUAR EDITA NOVO EP

‘ROOM 156: RIO MALIK’ 

26 JUNHO 2020

Design Cover by Alberto Hernández / Artwork by Andrea Hernández

Luar  estreia-se oficialmente na editora / coletivo Slow Habits com o seu novo EP ‘ROOM 156: RIO MALIK’, editado a 26 de Junho de 2020, premeia-nos com cinco faixas da sua autoria.

Luar é um dos produtores mais promissores, distinto e versátil da atualidade, destacando-se no panorama da produção de música instrumental / beats, onde revela parte da sua estética e sensibilidade artística num retrato singular da sua perspectiva deste ‘ROOM 156’, EP caracterizado pela presença de elementos orgânicos e de texturas que transportam o ouvinte para espaços imaginários, tendo uma veia experimental contudo atingindo um som muito clean e atmosférico.

Depois de lançar ‘drum machines have no soul’ Luar decide editar o EP: ‘ROOM 156 : RIO MALIK’ que se apresenta de volta de um conceito similar que desta vez se inspira na ideia prévia de personificar cada track deste projecto como sendo uma personagem ficcional, já em ‘drum machines have no soul’ que advém da experiência e contacto que teve com a cidade de Berlim pode-se observar o quão versátil e requintada pode ser a sua arte.

Durante o processo de criação do EP ‘drum machines have no soul’ inspirou-se na cidade de Berlim e quis passar ao ouvinte a sua perspectiva da cidade, desenvolvendo assim uma sensibilidade e sonoridade orgânica misturada com sons meio underground e escuros. O projecto começa em Berlim e termina em Portugal.

O mais recente EP, ‘ROOM 156: RIO MALIK’, já estava praticamente feito antes de ‘drum machines have no soul’, desde Novembro que estava pronto, no entanto surgiu mais tarde devido à espera do artwork.  Alberto Hernández (Luar) é responsável pelo Cover Design do seu projecto em parceria com a sua irmã que criou e desenvolveu o artwork, Andrea Hernández

Não é necessariamente inspirado em cidades ou países, mas é inspirado em diferentes personalidade e personas. A ideia era assumir essas identidades, não  a nível pessoal,  mas a nível musical, como personagens ficcionais em cada projecto que criasse nesse universo dos quartos, fosse inspirado num tipo diferente de género, o primeiro foi mais na onda do chillhop, jazz rap, psicadélico e trap.

Alberto Hernández afirma que o pseudônimo Luar emergiu da necessidade de uma fuga criativa sem limites e fronteiras, uma exploração por diferentes identidades e gêneros musicais.

 “Comecei por lançar uma faixa todas as semanas como forma de melhorar o meu fluxo de trabalho; inicialmente não tinha intenção de lançar projetos sob o nome Luar; a ideia principal era ter um lugar onde eu pudesse construir um portfólio e usar essa experiência para trabalhar com outras pessoas. Com o tempo, a ideia inicial mudou, mas a base permaneceu a mesma, continuei a explorar diferentes gêneros e sons, desde música orquestral e cinematográfica ao trap e r & b. Nada é limitado.” - Luar.

Luar refere que a sua música surge também de uma tentativa de emular a realidade, de redesenhar as paisagens dos sítios por onde passou, de transmitir a sensação de estar a ouvir a música e estar a passar um autocarro ou outros efeitos sonoros de landscaping, emulação cinemática como se estivesse a ouvir o áudio da cena de um filme, ouve-se a audiência da rua e consegue-se recriar contextos, ambientes cinemáticos de um observador, leva o ouvinte a imaginar-se nos locais.

A sua inspiração vem de vários lugares diferentes, da música que escuta, mas principalmente dos ambientes em seu redor, das cidades que visitou, das paisagens que viu e contemplou  com os seus próprios olhos e através das lentes de outras pessoas, seja através de um filme, programas de TV, fotografia, design e até mesmo videogames. Tudo faz parte do produto final, desde a escolha do reverb à fonte usada na obra, mas a música será sempre o ponto central.

Luar explora a vertente de design e de fotografia na sua estética visual, menciona que o visual sempre andou de mão dada com a sua música e afirma que a estética visual é tão importante como um kick e um snare. Antes de fazer música já fazia experiências com programas de audiovisual, naturalmente com o decorrer do tempo e com a necessidade de criar capas para os seus projectos a preocupação com a apresentação dos mesmos aumentou, gerando assim uma procura intensiva pela fusão entre o visual e o som, simbiose com sinestesia provocada.

Sublinhando as suas habilidades de produção, Luar tem a capacidade de transpor as suas experiências diárias e faz os ouvintes viajar ao longo do caminho em paisagens sonoras, transportando-nos para um local específico através de texturas, onde a mente e os ouvidos são transportados e colocados num estado pacífico e relaxam no reino onde é possível sentar e absorver as vibrações trazidas pelas reflexões sonoras do artista, sentindo-se unificadas por elas.